O governador Flávio Dino (PCdoB)tem demonstrado não
ter pressa para definir os substitutos dos seus atuais secretários estaduais.
Sempre que é questionado sobre o assunto, como aconteceu na semana passada, em
Imperatriz, Dino responde apenas que as mudanças estão prestes a ser
formalizadas. Na semana passada, o governador disse, inclusive, que as trocas
seriam oficializadas em até 20 dias, o que corresponde com om de março.
“Estamos na reta final das transições. Mais uns 15,
20 dias nós vamos anunciar os novos secretários que carão no lugar dos atuais
nesse período pré-eleitoral”, disse o governador.
Se mantiver o discurso adotado nos últimos meses,
Flávio Dino deverá fazer substituições simples no seu secretariado, valorizando
os atuais subsecretários e secretários adjuntos. Pelo menos essa é a
expectativa, principalmente após entrevista do secretário de Comunicação e
Assuntos Políticos, Márcio Jerry, ao jornal O Imparcial, em fevereiro.“Há uma
ideia de dar continuidade nas pastas, de implantar soluções ‘domésticas’”,
disse Jerry à época.
Mas quem são os adjuntos que podem vir a ocupar o
cargo principal nas secretarias e órgãos estaduais? Essa é uma dúvida que
continua nos bastidores do Palácio dos
Leões. O Imparcial fez um levantamento dos
possíveis adjuntos que podem ganhar espaço dentro do governo com a saída de
secretários e presidentes de órgãos, que disputarão as eleições de outubro.
Troca-troca
Pelo menos sete secretários e três presidentes de
órgãos estaduais devem deixar o governo para concorrer nas eleições deste ano. Os
“secretários pré-candidatos” é encabeçada por Márcio Jerry, secretário de
Comunicação e Articulação Política (Secap). Com a saída de Jerry, que será
candidato a deputado federal, a titularidade na Secap deve ficar com Daniel
Merli, subscretário na pasta.
Do secretariado atual, outros dois gestores dão
como certa a participação do pleito para a Câmara Federal. São eles:
Simplício Araújo (Indústria, Comércio e Energia – Se inc) e Julião Amin (Trabalho
e Economia Solidária – Setres), que deverão dar lugar para os adjuntos Expedito
Junior e Sílvio Conceição Pinheiro, respectivamente.
Para a disputa por um lugar na Assembleia
Legislativa, pelo menos quatro secretários do governo do estado vão tentar a
sorte nas urnas em outubro. Deputado estadual licenciado e titular da
Secretaria do Desenvolvimento Social (Sedes), Neto Evangelista buscará sua
reeleição. Em seu lugar, o subsecretário Francisco Oliveira Júnior tem boas condições
de assumir a Sedes.
Quem também vai estar na disputa para voltar à Assembleia
é o ex-deputado estadual Marcelo Tavares, que já foi, inclusive, presidente da
Casa. Experiente, o chefe da Casa Civil do governo tem boas chances de ser
eleito. Nos bastidores, comenta-se que sua intenção é ser eleito novamente
presidente do parlamento estadual. Essa possibilidade seria vista com bons
olhos pelo Palácio dos Leões. Ao deixar a Casa Civil, Tavares poderá ser substituído
pelo adjunto Aberlado Teixeira Balluz.
Outros dois secretários estaduais que vão tentar
ocupar uma das 42 cadeiras da
Assembleia Legislativa pela primeira vez são Márcio
Honaiser (Agricultura, Pecuária e Pesca – Sagrima) e Adelmo Soares (Agricultura
Familiar – SAF). O primeiro deverá ser substituído por Edjahilson Souza. Já na
SAF, Luciene Dias Figueiredo e Chico Sales estariam na disputa pelo cargo de
Adelmo Soares.