quarta-feira, 27 de junho de 2018

Deputados reúnem-se com vereadores de Araioses


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), acompanhado dos deputados César Pires (PV), Júnior Verde (PRB), Paulo Neto (DEM) e Edilázio Júnior (PSD), reuniu-se, nesta terça-feira (26), com vereadores da Câmara Municipal de Araioses. Eles vieram pedir o apoio do Parlamento Estadual na resolução de várias situações de irregularidades, que, segundo eles, vêm acontecendo no município.

A comitiva foi composta pelos 13 vereadores que integram a Câmara Municipal de Araioses, que apresentaram aos parlamentares a atual situação em que se encontra o município. De acordo com os legisladores municipais, a população está sendo prejudicada pela deficiência dos serviços de saúde, falta de merenda escolar, além de indícios de irregularidades na administração pública.

“Nós ouvimos as reclamações dos 13 vereadores, que compõem a Câmara Municipal de Araioses. Ouvimos as reclamações e desejamos que a cidade volte, o quanto antes, à normalidade. Eles, inclusive, vão visitar representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público. Nós lamentamos que a cidade esteja enfrentando essa turbulência política e, para que a população não continue sendo punida, esperamos que, rapidamente, tenha um desfecho, para que os serviços públicos possam voltar a chegar às pessoas”, assinalou o deputado Othelino Neto.

Ele disse que é importante a união dos agentes públicos para buscar uma solução a favor da população. “São reivindicações que, na verdade, são gritos da sociedade, para que nós possamos, como parlamentares, acolher essas iniciativas, no sentido de levar a educação, a saúde e a infraestrutura necessária. A Câmara tem, inclusive, uma Comissão Processante apurando essas irregularidades. Precisamos unir forças em defesa da sociedade de Araioses”, afirmou.

Reclamações

O presidente da Câmara Municipal, vereador Elson Coutinho, ressaltou que a comitiva veio pedir o apoio do Parlamento Estadual, para que seja encontrada uma solução, o mais rápido possível, para os problemas de Araioses. “Viemos buscar o apoio dos deputados para mostrar a realidade do nosso município, o que estamos sofrendo. Não é à toa que estamos aqui, os 13 vereadores, a Câmara em peso, a favor da população, mostrando as dificuldades de Araioses e o abandono”, disse.

“Nossa principal reivindicação é em relação às demandas da população de Araioses. Escândalos com licitações fraudulentas, falta da merenda escolar e medicamentos nos postos de saúde. Enfim, um verdadeiro caos, onde, nesses últimos anos, nunca vimos uma gestão tão despreparada. A população de Araioses pede socorro”, complementou o vereador Ingram de Tarso.

Oportunidades de negócios com a reciclagem do lixo


Reciclagem não é só uma ideologia de querer consertar o lixo que produzimos e com isso salvar o planeta, tem muita gente lucrando com isso. O que une responsabilidade pelas próximas gerações e dinheiro no bolso, sim, porque não? A INDAMA é uma empresa que atua no ramo de indústria, desde 1997, tendo como principal finalidade a reciclagem de subprodutos de origem animal e vegetal, destacando-se no desenvolvimento de Logística Reversa e Logística Verde.

“No inicio era Indústria de Derivados de Animais do Maranhão (INDAMA), e esse nome  consolidou-se no mercado, mas nos tiramos à parte de derivados de animais, pois passamos a trabalhar com as partes vegetais também”, lembra Rafael Pinto, proprietário da empresa que está há 21 anos no mercado de São Luís. “Na verdade nós industrializamos toda parte não comestível do gado, que recolhemos nos frigoríficos de São Luís, no caso, gorduras e ossos. A parte da gordura vira sebo bovino para a fabricação de sabão e biocombustível. Os ossos e carne viram farinha para ração de aves, no caso frangos, especificamente”, explica Rafael que entrou no ramo da reciclagem da fritura de óleos desde 2007.

A empresa foi uma das pioneiras entre as empresas no Nordeste e também em todo o Brasil  na coleta de Óleo vegetal saturado, popularmente conhecido como óleo de fritura ou óleo de cozinha, onde recolhe nos Shoppings da cidade, hotéis, bares e restaurantes, supermercados, buffets, cozinhas industriais, hospitais, escolas, igrejas, universidades, comunidades, além de parcerias com Organizações Não Governamentais (ONG’S) e programas como o EcoCemar e Ecopontos da prefeitura de São Luís.

“Se alguém entrar em contato, nos pegamos também os óleos residenciais, mas infelizmente não é nosso foco, pois trabalhamos com quantidade industrial, o grande volume esta no comércio. Então, não dá para disponibilizar dois funcionários e um caminhão de coleta para sair de porta em porta pedindo seu óleo de fritura satura. É aí que contamos com as Ong´s e centros de captação desses matérias, como a EcoCemar, do qual tínhamos uma parceria, mas por falta de recolhimento deles, deixamos de pegar lá e hoje pegamos nos Ecopontos da prefeitura de São Luis”, avisa Rafael.

Quanto aos lucros, Rafael disse que é possível sim ter uma boa renda. “É um bom lucro sim, até porque já estou neste ramo de reciclagem há mais de 20 anos. No meu caso, que já tenho um maquinário que industrializa a parte do gado, eu consigo também separar a parte do óleo também, né? Então a gente só precisou adquirir uma máquina a mais, para ampliar a nossa estrutura e processar só a parte do óleo. Ou seja, nos agregamos mais um atividade em nossa rentabilidade. Mas se fosse só o óleo, seria mais complicado.”, explica o proprietário da empresa que compra 1k de óleo por R$ 0,50 a R$ 1,00 e vende ele processado por R$ 1.50 a 2,00. No caso da carne e ossos, ele compra por R$ 0,20 o quilo e vende ela processada por R$ 0,80 o quilo.  

Mercado

Para o engenheiro de inovações da Cemar, Lucas de Paula Assunção, o mercado de empresas de reciclagem no Maranhão precisa ainda evoluir bastante, principalmente a iniciativa privada, que precisa ter um olhar para este novo mercado. “A reciclagem acontece de fato é na indústria. O papel vai voltar para à indústria de papel, o vidro para a indústria de vidro, e assim é com todos os demais resíduos. Então, os estados receptores destes materiais são estados que tem uma atividade industrial forte, como parte da Bahia e Ceará, no nordeste, e principalmente, os estados da região sul e sudeste. Então, boa parte desse material que recolhemos sai todo daqui do Maranhão”, afirmou Lucas.

Além de reduzir o valor da conta de energia para o cliente, o projeto EcoCemar, da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), é um ponto de distribuição destes resíduos, que boa parte é doada para cooperativas e outra vendida para empresas de reciclagem. “No Maranhão, as  empresas de reciclagem são poucas e isso tem um impacto direto no mercado de compra e venda dos resíduos. Como você tem pouca concorrência, o preço dos resíduos é barato. O preço que é praticado hoje no nosso projeto de desconto na conta de luz é o mesmo preço da venda deste material. Quando houver um competitividade no mercado, o resíduo do cliente vai começar a ser disputado, e aí, no futuro, as pessoas não vão querer mais jogar seu lixo fora, porque as empresas vão querer esse material”, questiona. 

Cooperativas

O material reciclável descartado pela população de São Luís nos Ecopontos também são entregues gratuitamente às cooperativas. Isto permitiu as cooperativas uma diversificação nos seus negócios. Foi o que aconteceu com a Ascamar que agora, além de comercializar os materiais recicláveis que recebe, produz e revende produtos feitos a partir da reciclagem do óleo de cozinha recebido nos Ecopontos.

Na Ascamar funciona uma pequena fábrica de produtos de limpeza e higiene (sabão em barra e líquido, detergente e sabonete) feitos a partir da reciclagem do óleo de cozinha usado. Desde então, já foram recolhidos nos Ecopontos mais de 1.100 mil litros de óleo de cozinha usado. Com isso, a renda média bruta mensal da associação que era compreendida na faixa de R$ 6.000,00, em 2016, passou para R$ 10.500,00 em 2017.

Já a renda média bruta da cooperativa Coopresl, por exemplo, antes era de R$ 3.000,00 e cada cooperado recebia em torno R$ 300,00. Agora a renda média mensal bruta da cooperativa chega a aproximadamente a R$ 16.500,00, que equivale à renda média bruta por cooperado de R$ 1.100,00.
Segundo dados de 2010 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), se todo o lixo produzido no país fosse reciclado, em vez de seguir para aterros e lixões, poderia gerar uma receita de mais de R$ 8 bilhões por ano, oito vezes mais do que se lucra hoje, cerca de R$ 1 bilhão.

Renda bruta mensal da Ascamar
2016                    2017

R$ 6.000,00        R$ 10.500,00

Renda bruta mensal da Coopresl
2016                    2017

R$ 3.000,00        R$ 16.500,00

*Fonte: prefeitura de São Luís

Pontos para descarte de resíduos em São Luís

Ecopontos
Dez pontos da prefeitura já estão nos bairros de Fátima, Bequimão, Habitacional Turu, Jardim América, Angelim, Residencial Esperança (atrás do Atacadão), São Francisco (Ferreira Gullar), Cidade Operária (próximo ao campo do Real), Renascença II (Igreja São Paulo Apóstolo) e Anil (próximo ao Instituto Divina Pastora). Recebem papel, plástico, alumínio, vidro e óleo alimentar usado, além de resíduos de poda e capina, da construção civil, lixo eletrônico;

Ecocemar

Pontos no calhau, Cohab, Anil, Jaracati, Anil, Maiobão, Cohatrac, Cidade Operária, Anjo da Guarda, Alemanha, UEMA, Areinha, Imperatriz. Recebem: papel, plástico, alumínio, tetra-pack e óleo alimentar usado. Mais informações acesse http://falaparceiro.cemar116.com.br/=1

Ascamar

Associação de Catadores do Maranhão, situado na Madre Deus. Recebem plástico, papel, papelão, tetra pack e óleo alimentar;

CEASA
recebe papelão e plástico

Instituto Florence

Recebe medicamentos fora da validade para descarte adequado. Possuem um ponto no centro, na propria faculdade, e outro no Shopping da Ilha (3º andar junto às escadas);

Multicoisas

Recebem baterias e pilhas usadas

Americanas

recebem pilhas e baterias usadas;

Centro Elétrico

Recebe lâmpadas usadas;

CCET, UFMA

Recebe lixo eletrônico;

Supermercado Bompreço
(bairro do Olho de Água)
Recebe baterias e pilhas usadas;

Lojas O Boticário

Recebem frascos, cartuchos, potes e outros recipientes das quatro marcas do Grupo Boticário. Em determinadas datas há prêmios, como itens de maquilagem, para quem faz a entrega.

Lojas Renner

O estabelecimento têm coletores que recebem frascos de perfume, esmalte, shampoo etc. Não precisa ter sido comprado lá.

Loja Puket

Recebem meias usadas. O projeto Meias do Bem foi criado para transformar meias velhas, rasgadas, manchadas, em cobertores.

sábado, 23 de junho de 2018

Secretário destaca redução do número de homicídios no Maranhão


O secretário de Estado de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, foi o convidado desta sexta-feira (22) do “Sala de Entrevista”, quadro exibido no telejornal Portal da Assembleia, na TV Assembleia. Antes, ele também concedeu entrevista para a Rádio Assembleia online, no programa “A Voz do Parlamento”, apresentado pela jornalista Josélia Fonseca.

No bate-papo com o jornalista Juraci Filho, no “Sala de Entrevista”, Jefferson Portela falou sobre vários assuntos e, entre outras coisas, destacou os avanços da pasta, afirmando que o número de homicídios, por exemplo, foi reduzido significativamente. “De 2009 a 2014, o Maranhão teve uma elevação de homicídios da ordem  de 308%. É um número grave, que nós conseguimos reverter. Foi um salto muito grande num período não prolongado. Agora, estamos numa escala de três anos com a seta criminal apontando para baixo em relação ao crime contra a vida”, revelou o secretário.

Portela fez uma observação sobre o aumento do efetivo policial no Maranhão, que passou para 12 mil, e salientou a criação da Superintendência Estadual de Homicídios. Ele falou ainda sobre o esforço no combate a explosões e arrombamentos de agências bancárias. “Em 2014, havia 48 casos e reduzimos para 13, ou seja, uma diferença de 73%. Isto se deve ao conjunto de atividades policiais. A inteligência deve sempre anteceder a parte operacional. Hoje, temos um sistema integrado com o Nordeste e com o Brasil em relação aos crimes mais violentos, como tráfico e roubo a bancos”, frisou.

Ainda sobre explosões e arrombamentos a bancos, o secretário lembrou que seis ou sete casos eram registrados em apenas uma semana no Maranhão. Realidade esta que não existe mais. “Nós tivemos a menor redução do Brasil nessa modalidade de crime e houve uma conjugação de fatores. Nós criamos unidades apropriadas para esse tipo de combate, tanto na Polícia Militar quanto na Polícia Civil. Desenvolvemos operações mensais. Há um período em que deslocamos um contingente integrado da capital para o interior. São policiais civis e militares envolvidos na mesma ação e na mesma área. Isso implica em ótimos resultados”, destacou, citando ainda o Departamento de Roubo a Bancos, ligado à CEIC e que já efetuou a prisão de mais de 280 assaltantes de bancos no Maranhão, todos encaminhados à Penitenciária de Pedrinhas.

Pacto Integrador de Segurança

Em um dos momentos da entrevista, Jefferson Portela mencionou a criação do chamado Pacto Integrador de Segurança Pública, que é a aliança entre os estados para combater crimes transnacionais e interestaduais, como é o caso do tráfico de drogas, para compensar, segundo ele, a omissão da União no que se refere a esse aspecto. “Hoje, a polícia maranhense, pelo convênio que assinamos, pode sair daqui até Goiás, por exemplo, e prender criminosos ou desenvolver ações integradas com a polícia de lá, sem essa demarcação de divisas, que era um impedimento legal. Hoje, o pacto integrador agrega 24 estados e isso possibilitou uma intervenção operacional muito forte”, disse.
 
O secretário abordou ainda a criação do Ministério da Segurança Pública, que, na opinião dele, ajudará, e muito, porque especializa a gestão pública. “O Ministério da Justiça cuidava, prioritariamente, da questão prisional e são duas coisas completamente distintas. A ação da segurança e do policiamento é uma coisa e o aprisionamento é algo completamente diferente. O Ministério da Justiça priorizava toda a aplicação de recursos, que é algo muito caro para o sistema prisional. Agora, não. Nós teremos um Ministério próprio, com uma verba própria para aplicar na segurança pública”, analisou

Desconto nas corridas com vitórias do Brasil


A Visa, patrocinadora oficial da Copa do Mundo FIFA Rússia 2018, e a Easy (www.easytaxi.com) oferecem descontos progressivos em corridas de táxi pelo app durante a Copa do Mundo FIFA 2018, oferecimento Visa. Os resultados dos jogos do Brasil determinarão os benefícios oferecidos aos passageiros de táxi que realizarem o pagamento com Visa Checkout (https://www.visa.com.br/pague-com-visa/visa-checkout.html), utilizando seu cartão Visa cadastrado, em todo o país. Se o Brasil for o Hexacampeão, o desconto será de 100% e limitado a R$ 30,00.

Os passageiros de táxi terão desconto no dia seguinte da vitória doBrasil ao pagar as corridas com Visa Checkout, utilizando seu cartão Visa cadastrado. Atualmente, os passageiros já tem 30% de desconto em todas as corridas pagas desta forma. Com a campanha e as vitórias do Brasil, o desconto aumenta a cada jogo (limitado sempre a R$15), podendo chegar em 100% em caso de hexa!

O desconto é aplicado automaticamente ao final das corridas elegíveis pagas com Visa por meio do Visa Checkout e é válido para cinco usos por passageiro. No dia seguinte da final da Copa do Mundo FIFA Rússia2018 (16/07), será uma viagem com desconto por passageiro em caso de vitória brasileira. O app da Easy está disponível gratuitamente para iOS e android.

Como cadastrar o Visa Checkout no aplicativo Easy

1.       Cadastre-se no aplicativo da Easy
2.       No app da Easy, clique na opção "Meus Cartões" do menu principal.
3.     Selecione o botão do Visa Checkout e siga os passos para criar sua conta.
4.       Selecione seu cartão Visa dentro do Visa Checkout e confirme.
5.      Peça sua corrida e pague-a com o Visa Checkout, utilizando seu cartão Visa cadastrado.
6.      O desconto será aplicado automaticamente e o usuário visualizará ao final da corrida

Regulamento da ação:https://s3.amazonaws.com/promo.easytaxi.com/br/Regulamento-VisaCheckout-COPA/index.html


Auditores fiscais do Trabalho realizam protesto contra o governo federal


Em ato de protestos, auditores fiscais do trabalho realizaram na última quinta-feira (21) um ato de protesto, convocando a imprensa para denunciar o desmantelamento da Fiscalização do Trabalho. O movimento ocorreu em todo o país intitulado pelos funcionários como o "Dia Nacional de Protesto dos Auditores-Fiscais do Trabalho".

Segundo a dirigente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho no Maranhão, Mônica Duailibi, essas conversas que ocorreram em todo pais é no sentido de dar uma satisfação a sociedade, que espera dos auditores do trabalho ações que possam garantir o direito do trabalhador e que, por conta do número insuficiente de funcionários, não estão podendo realizar seu ofício como deveria.

“Nós sabemos que não é só a inspeção do trabalho que está sendo atacado e fragilizado. Nós sabemos também que a burocracia dura do governo federal esta passando por um revés muito grande, mas é importante nós prestarmos até satisfação a sociedade porque não estamos fazendo as ações de trabalho escravo, como nos deveríamos, porque a gente não está fiscalizando as empresas, fazendo a regularização dos trabalhos, pagamento de salário, recolhimento do FGTS, formalização de vínculos e entre outras ações, porque está havendo uma redução do quadro muito grande. Hoje nos temos o menor quadro de editores fiscais dos últimos 30 anos”, alerta a sindicalista.

Hoje são pouco mais de dois mil Auditores-Fiscais em atividade para um país com cerca de noventa milhões de trabalhadores. São mais de 1.300 cargos vagos na carreira. Apesar da enorme carência, não há qualquer previsão para concurso, segundo informou Mônica.

“Essa redução é porque os colegas se aposentaram e o governo federal não fez concurso público para repor o quadro, para que a gente possa ter um número de auditores fiscais compatível com o nossa população para que a gente possa realizar as fiscalizações em todo país, de uma maneira que possamos otimizar e de fato gerar resultados a sociedade, porque é isso que nos interessa”.   

Insuficiência de auditores

O número de auditores fiscais é insuficiente para dar conta de todas as demandas sob responsabilidade da Inspeção do Trabalho – combate à informalidade, ao trabalho escravo e ao trabalho infantil; fiscalização da arrecadação do FGTS; fiscalização das normas de segurança e saúde para evitar acidentes e doenças do trabalho; inclusão de jovens aprendizes e pessoas com deficiência no mercado de trabalho; entre outras atribuições.

Ano a ano o orçamento da fiscalização vem sendo diminuído. Em 2017 a falta de recursos chegou a paralisar as ações de combate ao trabalho escravo. As equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel que já chegaram a ser nove, hoje são quatro e não conseguem atender às denúncias apresentadas ao MTb. O pequeno número de Auditores-Fiscais do Trabalho somado aos cortes no orçamento resultam na diminuição do número de ações fiscais e de trabalhadores resgatados. Em 2016 foram 773 resgatados; em 2017, foram 550.

A falta de recursos traz outras consequências como o estado de calamidade em várias unidades do MTb. Prédios em péssimo estado de conservação apresentam riscos e perigos para os servidores e para os usuários dos serviços. Algumas unidades estão interditadas por completa falta de segurança e condições de funcionamento. Em abril deste ano, várias unidades da Superintendência de São Paulo ficaram sem serviço de limpeza. Já houve casos de cortes no fornecimento de água, luz, telefone, serviços de internet por falta de pagamento.

Interferência

As tentativas de interferência na fiscalização são graves. Normas internas do Ministério do Trabalho tentam restringir a atuação dos Auditores-Fiscais do Trabalho, atendendo a interesses empresariais, em detrimento dos direitos dos trabalhadores. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho – Sinait e sua Delegacia Sindical no em vários estados lutam pela melhoria das condições de trabalho, pela realização de concurso público, pelo fortalecimento da fiscalização e do Ministério do Trabalho e contra interferências ilegais na área técnica.

“Tem um movimento do nosso sindicato, permanente, junto ao congresso nacional, no sentido de motivar a realização de concurso junto aos parlamentares e ao executivo. Nosso presidente  esteve recentemente na conferencia anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, e fez a denuncia, mais uma vez de que a inspeção do trabalho no Brasil vem sofrendo fragilização com a redução do quadro de funcionários”, disse informou Mônica Duailibi.

Leis trabalhistas na OIT    


Durante a 107ª Conferência Internacional do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT), realizado no período de 2 a 9 deste mês, a organização internacional colocou o Brasil no roll de 24 países para que sua comissão avaliar se de fato o Brasil está infringido as leis internacionais acordadas por os países entre as federações ligadas a OIT, por conta da Lei Trabalhista, promulgada pelo presidente Michel Temer, em novembro de 2017.

“Tem um aspecto que chama atenção da OIT sobre a Lei Trabalhista que ferem as leis internacionais, que é a questão da negociação coletiva, poder negociar direto a quem da legislação, ou seja, que por meio da negociação com o sindicato você possa definir direitos para os trabalhadores, abaixo do patamar mínimo da legislação. Mas nos vamos aguardar essa avaliação por parte da OIT para que a gente tenha um entendimento mais claro sobre o assunto”, explica Mônica.

Essa avaliação, segundo a sindicalista deve durar cerca de uns seis meses e caso seja comprovado uma infração as leis internacionais, o governo brasileiro será chamado para se justificar. Durante esta conferência foram adotadas resoluções relevantes para a adoção de uma convenção e recomendação sobre a violência e o assédio contra as mulheres e os homens no mundo do trabalho, sobre o Diálogo Social e o Tripartismo e sobre a Cooperação Eficaz da OIT no quadro do Desenvolvimento em apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Prazo para o saque do PIS/Pasep termina esta semana


Maranhão tem 43.904 trabalhadores com direito a receber o Abono Salarial do PIS/Pasep ano-base 2016 que ainda não foram sacar o benefício. Para quem está nesta lista, tem até o próximo dia 29 de junho para retirar esse recurso. Somado, o montante disponível no estado é de R$ 33,5 milhões. Os recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Segundo a superintendente do Trabalho do Ministério do Trabalho no Maranhão, Lea Cristina da Costa Silva, sempre fica um sobra de cerca de 20 a 30 mil trabalhadores sem sacar seu PIS/Pasep. “Na verdade o universo de identificados fica em um universo de 430,216 mil, e um total de 386,312 mil trabalhadores já sacaram esse dinheiro. E sempre fica um resíduo de cerca de 20 a 30 mil sem sacar”.

“Essas contribuições são para os servidores públicos, eles são feitos pelos empregadores, então é uma forma de integrar o trabalhador na renda do patrimônio nacional. Então é muito importante que o Maranhão atinja essa meta, pois é uma aposte que chega em boa hora, podendo atender uma necessidade, pagar uma dívida, ou ate mesmo fazer um projeto pessoal. Então é importante que esses trabalhadores procurem as agencias da Caixa, que esta vinculada ao PIS, e as agências do Banco do Brasil, onde esta vinculada o Pasep”, explica a importância do saque deste recurso.

Prazo para sacar até R$ 954 vence no dia 29 e os recursos não retirados retornam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).  “Se o trabalhador não receber esse dinheiro ela vlta para o TAF e só no ano seguinte ele pode retirar novamente. Nos anos anteriores o governo prorrogou a retirada até dezembro, mas este ano não ouvimos nenhuma informação sobre uma possível prorrogação”, afirma a superintendente. 

O Abono Salarial ano-base 2016 começou a ser pago em 27 de julho de 2017. Desde então, 22,2 milhões de trabalhadores foram pagos em todo o Brasil, de acordo com a última atualização. Os valores sacados atingiram R$ 16,4 bilhões. Ainda há R$ 1,6 bilhão à disposição dos trabalhadores.

Quem tem direito

Para ter direito ao Abono Salarial do PIS/Pasep é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos um mês em 2016 com remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, o trabalhador tinha de estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com o chefe da divisão do Abono Salarial do Ministério do Trabalho, Márcio Ubiratan Brito, a quantia que cada trabalhador tem para receber é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente no ano-base e varia de R$ 80 a R$ 954.Quem trabalhou durante todo o ano recebe o valor cheio. Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo. “Se a pessoa trabalhou um mês, recebe 1/12 do valor, se trabalhou dois meses, 2/12, e assim sucessivamente”, explica.

Disponibilização de um aplicativo

Para os funcionários públicos, a referência é o Banco do Brasil. O banco disponibiliza um aplicativo (http://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/setor-publico/governo-federal/gestao/gestao-de-recursos/pagamento-de-ordens-bancarias,-salarios-e-beneficios/pasep/aplicativo-bb-pasep#/) que precisa ser baixado e instalado para que o trabalhador consulte se tem direito e o valor do benefício.

Site da Caixa para consulta

Consumidores e fornecedores conscientes


Meio a crise que assola o país, surge em São Luís um comércio informal de pessoas que cultivam os mesmos hábitos alimentares. Mesmo com alguns estabelecimentos no ramo de venda grãos e de uma alimentação mais balanceada e até vegetariana, os próprios consumidores deste tipo de segmento alimentar encontraram uma forma de comercializar entre si o que produzem em casa, como é o caso da vegetariana Mirella Giusti.

Ela começou com o sonho de sair do centro urbano da cidade para uma área da zona rural e passar a se alimentar do que seu terreno poderia produzir. Começou comprando 12 galinhas caipiras e o que pensava que seria para seu próprio consumo, tornou-se uma grande fonte de renda.

“Logo que eu me mudei, há quatro anos, do centro urbano de São luís para a zona Rural de Paço do Lumiar, para morar em uma chácara, tive como proposta pessoal de comer o que eu poderia plantar e produzir. Então, comprei 12 galinhas caipiras, do qual consumia tanto a carne como o ovo e ainda produzia adubo para fazer uma boa compostagem e assim alimentar a minha horta”, explica Mirela.

A produção de ovos acabou sobrando além do seu próprio consumo e Mirela começou a repassar para alguns parentes. “Só que as galinhas começaram a colocar ovos e eu comecei a levar para a casa da aminha mãe, minhas tias, aí os amigos da minha mãe e tias começaram a querer também. Foi quando percebi que havia uma procura muito grande em São Luís por ovos e galinha caipira. Foi aí então que comecei a comercializar”, conta.

Tudo ia muito bem com o comércio de ovos e galinha caipira, até que Mirella decidiu deixar de comer carne e, com isso, de não querer mais se envolver com o comércio de origem animal. “Hoje estou reformulando os produtos que eu comercializo, porque tudo começou com galinhas, mas hoje não comercializo mais porque eu não me alimento mais de animais. Então não vejo coerência em vendê-los. Não quero mais sofrimento, nem exploração de animais de espécie alguma, mesmo que indiretamente.”

Segundo Mirela, ela chegou até uma média de 300 galinhas, pois foi comprando ao longo do tempo que comercializava. Até o mel orgânico que ela também vendia de um pequeno produtor do município de Picos, no Piauí, também deixou de comercializar. Hoje ela esta se desfazendo das galinhas para focar em hortaliças e produtos naturais e, em especial, uma manteiga produzida por ela feita de castanha de caju.

“Agora nesta nova fase, eu comecei a mudar a minha concepção de consumo de alimentação consciente. Além de produtos naturais que já comercializava como coco, polpa de coco, verde, juçara, frutas da estação vou focar nas hortaliças e em um produto que comecei a desenvolver, como a manteiga de caju, que é um produto exclusivo meu e que estamos começando a inserir no mercado. E assim nos estamos recomeçando”, finaliza Mirella Giusti.

Tradição em família

Outros acabam comercializando alguma tradição em família, como Anastácia de Brito Nery, que faz compotas, pastas, caponata, geleias, caldos, pão sem fermento e seu carro chefe, o extrato de tomate natural, sem conservantes. “Na verdade só faço as coisas por encomenda, pois não tenho um estabelecimento e nem um local fixo, faço tudo na minha casa. Mas o caldo mesmo eu faço há muitos anos, cerca de 20 anos. E comecei fazendo para meu filho que não queria comer verduras e frutas. Esse caldo também é natural e como não como carne vermelha, então não faço de carne vermelha, só com legumes, grãos integrais, peixe e de galinha caipira também”, adianta.

Anastácia, que amiga de pequenos produtores no interior do Maranhão, também desenvolveu vários produtos com o abacaxi de Turiaçu. “Eu comecei a me interessar por produtos que eu não vejo no mercado, no caso do abacaxi de Turiaçu só vejo as pessoas consumindo ele em natura. Ai eu criei a geleia, a compota que faço sem açúcar e sem água, faço também o suco integral dele, sem água e com alguns ingredientes como gengibre e outras ervas e faço também o chá da casca do abacaxi. Esse na verdade eu só resgatei e incrementei essa receita, pois era comum em São Luís as pessoas fazerem a gasosa da casca do abacaxi, mas que hoje não se faz mais”, lembra ela que também faz um espécie de doce brigadeiro com a fruta.

“Eu sempre gostei de uma alimentação mais saudável, desde pequena eu tinha dificuldade para me alimentar, porque parei de comer carne de boi, de porco, de pato desde os 18 anos de idade e hoje eu tenho 47 anos. Então, muitas das vezes temos que reinventar nossa alimentação para suprir essa necessidade alimentar”, disse Anastácia que vem notando que houve um interesse maior das pessoas de São Luís por conta das feirinhas que vem sendo realizada vem vários locais da cidade e que isso também a aproximou dessas pessoas, que tem hábitos e ideologias semelhantes.

“Hoje eu tenho estado mais com essas pessoas graças às feiras, que tem acontecido em São Luís e isso faz com que as pessoas que gostam desse tipo de alimentação ser reúnam mais. Então percebo isso, um grande número de eventos como feirinhas. Eu mesmo participo de algumas, como a da Academia Personal Group e da Lagoa, que infelizmente por conta da chuva não esta sendo mais realizada lá e sim no shopping, que não é a proposta. Se houvesse mais feiras em lugares públicos, como ruas e praças, e com mais frequência, isso mudaria a vida de muitos produtores e teríamos mais consumidores conscientes”, desabafa.

Receita alimentar

Com a ideia de não só servir um alimento, a terapeuta Carina Limberger começou a fornecer quentinhas que possibilitam também usar os ingredientes para uma receita equilibrada para as pessoas que possuem intolerância a lactose, restrição alimentar e também gestantes que estão se preparando para o parto normal, assim como a própria dôla, que a acompanha.

“É uma comida vegana, sem soja, com alimentos naturais do qual a gente busca o equilíbrio dos ingredientes, fazendo uma combinação da qual pode auxiliar o corpo e passar uma variedades de sabor em um mesmo prato. A Matricaria traz uma consciência que não é só o alimento em sim, mas a maneira como se come e como se prepara esse alimento. E tudo isso vai auxiliar e interferir no organismo da pessoa.”

Para isso Karina utiliza alguns vegetais que são recolhidos em sua casa, que também é o local de atendimento da terapeuta que trabalha com massagens, tinturas, óleos e essências. A Matricaria – Cozinha Consciente por enquanto esta atendendo só pedidos, mas é entre o Ceuma (Renascença II) e o Tropical Shopping que Karina fixou um ponto para que a pessoa pudesse conhecer suas receitas.
“Eu sempre busquei uma alimentação mais equilibrada e agente vinha trabalhando com terapia e outras coisas na área da saúde e a as circunstâncias da vida em se fez surgir a Matricaria, dentro deste movimento que a gente está que busca uma melhor consciência no meio que a gente vive”, disse Carina que conta com sua parceira Isabelle Maduro, com quem divide as receitas da Matricaria – Cozinha Consciente.

Tânia Cristina Rabelo foi um caso de que alimentação salvou sua vida e também seu bolso. Em 2006 ela teve que emagrecer por conta de problemas de saúde e passou a tomar sucos detox, o resultado surpreendeu as amigas, que queria também consumir o produto que era feito por ela em casa. 
“Foi ai que passei a vender os sucos detox e mais tarde passei, por meio do suco passei também a fazer as sopas detox. Essa última eu fiz a receita e mandei para uma nutricionista, amiga minha, que viu e fez algumas modificações. Então passei a vender, contratei uma pessoa para as entregas e hoje tenho uma boa clientela. Hoje, essa renda ajuda a comprar meus medicamentos”.

Candidato do Novo está de olho nas privatizações


João Amoêdo é mais um dos pré-candidatos a presidência da república a visitar o Maranhão. Começou sua carreira como trainee no Banco Citibank, foi diretor executivo do Banco BBA Creditanstalt, presidente da Finaústria CFI, vice-presidente e membro do conselho de administração do Unibanco, membro do conselho de administração do Banco Itaú BBA e membro do conselho de administração da empresa João Fortes Engenharia.

Em 2011, insatisfeito com a alta carga tributária e os péssimos serviços recebidos do Estado, fundou o partido Novo, composto por membros da sociedade civil, que faz processo seletivo para escolher seus candidatos. Em junho de 2017, deixou a presidência do partido para apresentar sua candidatura à presidência.

Em sua passagem por São Luís, teve uma agenda com empresários locais e filiados do seu partido, que segundo o líder regional, têm cerca de 300 no estado. Em uma entrevista exclusiva ao jornal O imparcial, ele falou sobre privatização do Porto do Itaqui, taxa de juros, bolsa família e uma possível construção de ferrovias no Brasil. Confira!!! 

Em que a estrutura do Maranhão, como próprio Porto do Itaqui, pode contribuir para seu plano econômico de governo para o Brasil?

João Amoêdo – O Maranhão tem uma vantagem competitiva pela posição que tem. Agora, eu sou favorável que o Porto do Itaqui fosse para a iniciativa priva, para que a gente possa ter uma melhor gestão. Tirar isso do governo nos possibilitaria de explorar muito mais, com um  escoamento mais de produção, que é o que falta no Brasil. Se tem uma agroindústria muito competitiva, mas peca na infraestrutura, que fica tudo na mão do governo. Então a gente teria mais investimento e consequentemente poderíamos gerar mais empregos e tudo que a gente precisaria para gerar riqueza e diminuir a pobreza da região.   

Recentemente tivemos uma greve de caminhoneiros que pararam o país. A construção de  ferrovias fazem parte do seu plano de governo?
João Amoêdo – As estradas ferro estão nos meus planos de governo, mas temos que entender que nos temos que criar as condições para a iniciativa privada, principalmente, o capital externo, que esta sedento por bons investimentos. Então eles precisam de uma atração para fazer esses investimentos aqui no Brasil. Como você tem um cenário sempre muito incerto, taxas de juros muito elevados, ninguém esta disposto a fazer um investimento que o retorno é de longo prazo. Na hora que você tiver taxa de juros mais baixos, segurança jurídica e um ambiente de mais estabilidade e atrair investimento, vamos poder ter a ferrovia, que é fundamental para o Brasil. Nos somos carentes disso e hoje vimos, com a greve dos caminhoneiros, o quanto somos refém de um processo que é muito mais caro, inclusive, do que o transporte rodoviário.

Como pretende fazer para que o Brasil tenha juros mais baixos?
João Amoêdo – Os juros é o custo do dinheiro, então ele tem dois componentes; que é a taxa de juros oferecida pelo Banco Central, que é alta porque o BC não consegue fechar suas contas, ou seja, tem que estar arrecadando mais para, inclusive, ter o equilíbrio fiscal. O segundo componente mente é a alta dos créditos bancários que são muito elevados. E são elevados porque tem pouca concorrência. Então a gente tem que aumentar a concorrência. Tem muito banco que saiu doi Brasil porque era difícil negociar aqui. Bancos que tinham mais ações trabalhistas do Brasil do que em todos os lugares que ele operava ao redor do mundo, por exemplo. Então, essa estrutura, muita das vezes, burocrática, perde para a concorrência aqui. Então temos que mudar este modelo.    

Segundo perfil publicado pela revista Época, para fundar o partido Novo, você contou com incentivo de banqueiros como Pedro Moreira Salles e Fernão Bracher. Não é complicado começar um partido comprometido com banqueiros?  
João Amoêdo – O Novo não teve nenhum financiamento de banco. Eu trabalhei em banco como executivo até 2005, depois sair. E o Novo tem financiamento de pessoas físicas. Não tem nenhuma doação de banco nem de nenhuma empresa. Até porque, quando o Novo virou partido já era proibido o financiamento de instituições financeiras. Mas seria até bom, pois teríamos mais recursos.

O que você mudaria no atual plano econômico do governo?
João Amoêdo – Primeiro eu acabaria com uma série de privilégios de políticos, da classe empresarial e de autos funcionários do nível federal. Reduziria privilégios. Quanto à politica econômica, nos temos que ter uma abertura maior da economia brasileira. Isso é fundamental! A nossa economia é muito fechada e a forma da gente aumentar a nossa produtividade é aumentando a nossa economia. E a terceira coisa seria simplificar os impostos. Simplificar no primeiro momento e depois reduzir a carga tributária.  

Qual a sua opinião sobre o programa Bolsa Família. Continuaria em seu governo?
João Amoêdo – Sou favorável ao Programa Bolsa Família, acho que é um programa eficiente. Ele gasta 29 Bilhões de reais e atende 12 milhões de famílias brasileiras. Mas o que a gente te que fazer é criar portas de saída, para que as pessoas possam ter esse programa como transitório e não como permanente, para que eles possam ter uma cidadania plena e possam ao longo do tempo não depender mais dele. Temos que fazer uma coisa gradual e comemorar as pessoas que saem do programa e não as que entram.

sábado, 9 de junho de 2018

Índice de inflação de São Luís é maior que a do Brasil


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (08) dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), taxas que medem a inflação na capital maranhense. E segundo os números a capital ludovicense ficou com uma variação de 0,89%, o dobro do resultado da variação nacional que ficou com 0,40%.

“O que contribuiu para isso foi, principalmente, a variação de preço da energia elétrica e da gasolina, pois com esses dois itens tem um peso muito grande na região. Eles são muito representativos nas despesas das famílias maranhenses. O que acontece é que eles acabam impactando mais nos índice na região. Isso é um dos fatores que ajudam a explicar esse resultado, que ficou dobro do resultado do índice do Brasil”, explicou Pedro Kislonov, coordenador nacional do IPCA.

O maior índice ficou com a região metropolitana de Salvador (1,11%) em virtude da variação de 18,45% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 16,95% nas tarifas, em vigor desde 22 de abril, aliado a aumento na alíquota de PIS/COFINS. O menor índice foi em Brasília (0,15%), motivado pela queda de 13,91% nas passagens aéreas.

Para José Reinaldo Barros, tecnologista de informações geográficas e estatísticas do IBGE Maranhão, José Reinaldo Barros, as unidades onde esses itens não produzidos, apresentam uma variação bem maior nos preços. “Praticamente, 1/3 dos itens que compõe a cesta de bem e serviços em São Luis é de alimentação. Ou seja, grande parte deste índice, vem de fora e naturalmente com um custo muito maior do que aquele local de origem.”.

Segundo José Reinaldo o resultado da variação de preços envolve questões como a demanda e oferta de serviços que, no caso de algumas unidades (cidades) pesquisadas tem um papel importantíssimo nos custos dessas empresas. “Um aumento, por exemplo, de uma gasolina, tem um impacto do índice de preço e nos custo para esses fornecedores. Como é caso também da variação de preço da energia elétrica, que teve um peso na muito grande neste mês de maio”, explicou o tecnologista.     

Na pesquisa foram considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes; e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, foram consideradas as variações de preços de 465 subitens.

O IPCA é utilizado pelo Banco Central como um medidor oficial da taxa de inflação no Brasil, oferecendo a variação dos preços para o consumidor final. A pesquisa objetiva saber quais foram os preços cobrados ao consumidor em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Em geral, a coleta dos dados acontece de 1° ao dia 30 do mês de referência, comparados com os preços praticados nos 30 dias anteriores a esse do mês de referência.

Resultados mensais da variação de preços

Além da capital maranhense, o IBGE passou medir mensalmente a variação de preços nas cidades de Aracaju (SE) e de Rio Branco (AC).  Com isso, o SNIPC atinge a cobertura de um total de 16 locais, aumentando a representatividade do Norte e Nordeste no cálculo da inflação do país.
Além das novas áreas, a cesta de itens e subitens dos índices de preços será ampliada. Entre os novos subitens, estão o sururu (molusco semelhante ao mexilhão), em Aracaju, e os peixes curimatã e tambaqui, ambos em São Luís e Rio Branco.

“Para nós do IBGE é extremamente importante incluir São Luís para que o consumidor possa ter uma referência de como esta está à variação de preço na área dele. Essa pesquisa vai ter resultado mensal na variação de preço de itens específicos para o consumidor de São Luís, como no caso o arroz, feijão, gasolina, energia elétrica, entre outros. Ou seja, vamos ter um quadro de variação regional de cada um desses subitens”, explica coordenador nacional do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, Pedro Kislonov.

Para o economista do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográfico (IMESC), Erivam Rabelo, a pesquisa vai ajudar no estudo que o órgão tem sobre os impactos deste resultado no bolso do consumidor. “Com essa nova pesquisa, vamos poder dar mais foco e precisão nos preços que subiram para mais ou para menos em todo estado e definir os impactos que eles tiveram no dia a dia do consumidor”, informou.

Atualmente, o IBGE faz todos os meses à divulgação da taxa de inflação referente às regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. A entrada dos novos locais está inserida num processo gradativo de expansão da área do SNIPC.

Publicitários maranhenses agora tem representação


Foi instalada ontem em São Luís a primeira Delegacia Regional da Federação Nacional das Agências de Propagada, onde foram eleitos o delegado Almenbergues Jales e seu substituto Jeanpierre Silveira. Ambos foram eleitos por unanimidade por representantes de 24 agências contribuintes da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro). Estiveram presentes no pleito a representante da Fenapro, Helena Zoia, e o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade do Maranhão (Abap), Filipe Ladeira.

Após a eleição, ocorrida de forma direta entre os representantes de agências publicitárias e legitimada pela representante da Fenapo, foi realizada uma coletiva de imprensa para apresentar os eleitos, que explicaram a função da delegacia, que tem como objetivo regularizar a representação das agências de propaganda locais e auxiliar no desenvolvimento do mercado publicitário do estado.

“Foi um trabalho que já estávamos buscando, porque aqui no Maranhão nós não temos um sindicato das agências. Estamos há um bom tempo sem representação. Então, essa foi a forma que encontramos de darmos o primeiro passo para nos organizarmos e construirmos um sindicato que represente nossa categoria. Feito isso, a Delegacia Regional da Federação Nacional das Agências de Propagada deixa de existir. Portanto, a delegacia esta sendo instalada por conta da ausência de um sindicato”, disse o delegado eleito Almenbergues Jales.

Além de ser uma representação da categoria, a delegacia é também um órgão que pode fiscalizar ou enquadrar as agências filiadas ao órgão, como explica a representante da Fenapro, a advogada Helena Zoia, que informou ainda que o órgão tem representação em todos os estados, faltando somente o Maranhão.

“A delegacia, além de ser uma representação da Fenapro no estado, ela é um órgão que pode receber denuncia de qualquer natureza, e as agências vão poder contar com uma assistência jurídica. Digamos que problemas com edital de licitação, direito autoral, fotografia sem autorização do profissional e tudo a respeito da comunicação publicitária podem ser trazidas até nos com a certeza de que as providências serão tomadas imediatamente, de forma jurídica ou até mesmo de forma informal, por meio de diálogo ou por representação ao órgão responsável”, explica a Zoia.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade do Maranhão a presença da Fenapro no Estado vai agregar as 44 agências contribuintes da Fenapro em resolver problemas em comum entre elas, por exemplo. “Temos hoje no Maranhão 44 agências trabalhando dia a dia. Umas com 30 anos de mercado, outras com 20 anos, e temos também agências com dois anos e de um ano de mercado. Essas agências passam por necessidades e demandas comuns, só que elas não conversam entre sim. Então a gente enxerga a Fenapro como uma oportunidade das agências se encontrarem e compartilharem algumas angústias e necessidades. Então, ter uma representação da Fenapro aqui é uma oportunidade de desenvolver essas empresas”, explicou o presidente da Abap, Felipe Ladeira.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Deputado defende revisão do Plano Diretor de São Luís


O deputado Max Barros (PMB) defendeu, hoje (5), a revisão do Plano Diretor do Município de São Luís. Ele frisou que se trata de um tema fundamental para o planejamento e o desenvolvimento da capital maranhense. “O Jornal Pequeno, na edição comemorativa de seus 67 anos de fundação, transcorridos na semana passada, abordou com destaque este assunto, que é um tema muito importante e que promove o planejamento e crescimento de uma cidade de maneira ordenada, sustentável, preservando o meio ambiente e valorizando o cidadão e a pessoa humana em geral”, salientou.

Max Barros lembrou que o traçado urbanístico de São Luís foi concebido pelo engenheiro Francisco Frias Mesquita, no século XVII. Desde então, segundo o deputado, a cidade foi crescendo, ao longo de 300 anos, sem nenhum código, sem nenhuma lei, apenas com o traçado urbanístico que fora concebido por Frias Mesquita. Somente em 1936, o engenheiro Otacílio Saboia fez o primeiro Plano Diretor de São Luís. Em 1938, dois anos depois, veio o segundo plano na época em que Pedro Neiva de Santana era prefeito de São Luís.

“Naquela época, não existia a Ponte José Sarney ligando o Centro Histórico com a Cidade Nova, nem a Zona Sul. que seria a zona industrial, tal seja, a área Itaqui-Bacanga. Havia, sim, uma zona residencial ao longo do Caminho Grande, que é a Avenida Getúlio Vargas, crescendo no sentido do Monte Castelo, Filipinho, até chegar ao Anil”, detalhou o parlamentar.

Dez anos depois 

Ele frisou que, depois, em 1975, foi elaborado um outro plano e, a partir de 1988, todos os planos diretores passaram a levar em consideração a função social do solo e houve outros planos diretores, sendo que o último foi feito em 2006, o qual já previa a revisão, dez anos depois.

“Portanto, a Câmara Municipal já deveria ter feito a revisão do Plano Diretor, em 2016, mas não está cumprindo o que previu a legislação. Então, este é o momento de valorizar o Centro Histórico de São Luís, que é uma preciosidade, um selo para o turismo do Maranhão. Lá tem toda a infraestrutura elétrica, hidráulica, sanitária, saneamento, iluminação e hoje está se acabando”.

Max Barros afirmou que uma solução é valorizar no Plano Diretor todo o entorno do Centro Histórico, para que tenha atratividade econômica. Outra questão de fundamental importância, segundo o deputado, é a ambiental, a preservação das bacias hidrográficas que existem na ilha de São Luís, para que sejam preservadas as nascentes desses rios e também as matas ciliares.

Max Barros disse ainda que há necessidade de flexibilizar o Plano Diretor para que se permita o crescimento vertical da cidade, de maneira que caia o valor dos terrenos e as pessoas fiquem mais próximas do seu local de trabalho.“Aproveito, então, para fazer aqui esse chamamento, solicitando aos senhores vereadores que façam a revisão do Plano Diretor e levem em consideração a questão do Centro Histórico, da preservação ambiental e do crescimento urbano de maneira vertical, de maneira que as pessoas não tenham que morar longe do seu local de trabalho, do comércio e das áreas de serviços”, ressaltou.

Brasil e EUA retomam negociações para uso da base de Alcântara


Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, confirmou na última segunda-feira (04), que foram retomadas as negociações para um acordo tecnológico entre Brasil e Estados Unidos para viabilizar o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

A informação foi divulgada após um encontro entre Nunes e o secretário de estado americano, Mike Pompeo, em reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA). O acordo de salvaguarda já era esperado, uma vez que companhias aeroespaciais estiveram em Alcântara em dezembro do ano passado, demonstrando interesse na tratativa.

Em fevereiro deste ano, o site Reuters divulgou que representantes do governo brasileiro, junto com companhias espaciais dos dois países, realizaram uma teleconferência com uma autoridade da Casa Branca que foi questionada se o governo Trump concordaria com um acordo de salvaguardas tecnológicas com o Brasil. O objetivo do Brasil seria impulsionar o programa espacial do país, atraindo clientes para Alcântara como uma alternativa de menor custo em relação à base espacial europeia localizada na Guiana Francesa.

A última tentativa de uma parceria semelhante foi entre 2002 e 2003, quando o acordo foi rejeitado por parlamentares do Congresso Nacional brasileiro, que consideraram inaceitável o sigilo total sobre os lançamentos a serem feitos. Desde então, os Estados Unidos se recusaram duas vezes à estabelecer novos diálogos.

Desta vez, Aloysio Nunes garante que os diálogos estão sendo realizados com vistas à defender que não haja nenhuma violação à soberania nacional. “Nós estamos começando agora a discussão para ver quais pontos podem ser mantidos e onde é possível mudar”, enfatizou o chanceler brasileiro em Washington. O ministro ainda informou que entre os dias 26 e 27 de junho o tema será tratado durante a visita do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, ao Brasil.

Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)

O Brasil abandonou planos de construir seu próprio foguete para transportar grandes satélites após uma explosão que matou 21 pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) , em 2003. Desde então, a base está subutilizada, sob proteção da Força Aérea Brasileira (FAB), e nunca conseguiu colocar nenhum satélite na órbita da Terra.

Ainda em 2003, uma empresa binacional ACS (Alcântara Cyclone Space) foi criada entre Brasil e Ucrânia para lançar foguetes produzidos no leste europeu a partir do CLA. Apesar disso, nunca houve se quer um lançamento, o que levou o governo brasileiro em 2015, a denunciar o acordo e solicitar o encerramento das atividades da ACS.

Questão fundiária é um dos principais gargalos do agronegócio no Estado


No cenário do agronegócio brasileiro, Maranhão produz apenas 1,5% de toda produção de arroz no Brasil, assim como outros produtos, estamos sempre em um escala bem menor em comparação a cadeia produtiva de outros estados do país. E os principais gargalos para que a essa produção não crescer é a questão fundiária, falta de crédito e de tecnologia. Essa informação é do gerente de assistência técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Epitácio Rocha, um dos responsáveis do programa Agrodiálogos, que vem desde abril dialogando e passando informações para esses produtores rurais do interior do Maranhão.   

“A maioria das terras não são regularizadas, e sem documentação das terras não tem como o produtor conseguir crédito com os bancos financiadores. Ou seja, fica impedido de investir na sua produção. Outra deficiência é a tecnológica. Poucos produtores têm assistência técnica contínua da sua propriedade”, explica Epitácio, que quanto à assistência tecnológica, o Senar ainda presta algum serviço a essas comunidades, com visitas de técnicos para explicarem como fazer.

“Apesar de o governo está realizando vários programas para esses produtores, eles ainda não chegaram a todo o Estado, por isso que temos essa parceria para que eles possam identificar o principal problema daquele município e sanar esses gargalos. Pois tem questões que fogem da ossada do Senar, trata-se de uma decisão política. E a questão fundiária é uma delas, que só quem pode resolver são os políticos e o governo. Os deputados precisam aprovar leis que facilitem esse processo”, apontou o técnico do Senar.

Dialogando

O projeto Agrodiálogos tem por objetivo favorecer o homem do campo por meio de palestras  sobre inovações tecnológicas, educação rural, empreendedorismo, formação profissional rural, assistência técnica, organização do setor rural e participação politica. A programa visa incentivar o pequeno e médio produtor rural, para melhor empreender e fazer crescer o seu negócio. Desde abril já foram realizados seis seminários em seis municípios do Estado. O ultimo aconteceu no dia 25 de maio, em Cantanhede.

Cerca de 40 localidades do município foram representadas durante o evento, motivadas por mais conhecimento acerca do empreendedorismo e aprendizado para o seu negócio. Muitos deles encontram-se pleiteando recursos junto à crédito fundiário pelo Incra (áreas de assentamento) e linhas de crédito junto a bancos oficiais, a fim de organizar as suas produções. O Agrodiálogos tirou dúvidas e abriu perspectivas para quem participou de mais de trezentos produtores rurais que participaram do seminário.

O evento teve a organização da Senar, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e com o apoio de sindicatos, igreja católica local, associações e lideranças comunitárias rurais.

Presentes mais simbólicos para o Dia dos Namorados


Apesar do levantamento de intenção de consumo para o Dia dos Namorados deste ano, feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), ser animador para os lojistas, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís do Maranhão (CDL), Fábio Ribeiro, é bem mais realista aos últimos acontecimentos no país.

“O Dia dos Namorados é uma data que vem ganhando força comercial, mas esse ano tem a Copa do Mundo que vai motivar gastos; e os efeitos da greve dos caminhoneiros ainda estão sendo sentidos com atrasos nas entregas de produtos; por isso, será diferente, mas com certeza esperamos aquecimento nas vendas”, afirmou.

Segundo o levantamento da Fecomércio-MA, este ano houve um crescimento de +23,2% das intenções de compras em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o estudo, 64,3% dos consumidores estão predispostos ao consumo, ou seja, praticamente dois em cada três ludovicenses afirmaram que vão comprar presentes em função da data comemorativa.

“Esse indicador é referente a intenções de consumo, que nem sempre se concretizam; portanto, não deve ser visto como expectativa de aumento, mas sinaliza que os namorados vão presentear, e isso certamente será positivo no movimento do comércio neste mês de junho”, explica o presidente, que não deixa o otimismo de lado, quanto à pesquisa da Fecomércio.

Segundo Fábio Ribeiro, o comércio vinha sofrendo com a crise desde o início do ano passado, mas que ela mostrou uma leve recuperação ainda no segundo semestre de 2017. “O varejo vinha experimentando quedas acentuadas nas vendas devido à crise econômica, inclusive em datas comemorativas. Mas a partir do segundo semestre do ano passado, o mercado começou a reagir num processo bastante lento, mas que vem melhorando”.

Para este ano, a pesquisa indica que os consumidores indecisos em relação consumo pontuaram apenas 3,9%, representando um recuo de -18,7% na indecisão dos ludovicenses na comparação com o ano anterior. Dessa forma, a aceleração nas intenções de consumo em relação ao ano passado se dá em função de um arrefecimento da desconfiança dos consumidores com os indicadores econômicos.

Leve recuperação

Embora no mesmo período de 2017 já houvesse sido controlada a inflação e os níveis da taxa básica de juros também apresentassem tendência de queda, mas o mercado de trabalho não havia se recuperado na velocidade esperada nem pelos consumidores e nem pelos empresários do comércio.

“A CDL presta assistência e dá orientação a qualquer lojista, seja ele associado ou não à entidade. Toda a atuação da CDL é voltada para a oferta de soluções que implementem os negócios, porque num contexto de crise é importante para o lojista ter ferramentas que proporcionem a ele segurança na concessão do crédito, na tomada de decisão e até na renegociação com clientes inadimplentes”, finaliza Fábio Ribeiro.

A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) entrevistou 700 pessoas, entre homens e mulheres com mais de 18 anos, nos principais pontos de circulação de consumidores de São Luís. A margem de erro da amostra é de 3,7% e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Os números da Fecomércio

Produtos

Nessa perspectiva de comprar mais produtos e gastar menos do que no ano passado, a preferência dos consumidores direcionou-se para os chocolates (26,8%) e as flores (23,9%), itens tradicionalmente com boa aceitação na data comemorativa e com valores bastante acessíveis. Na faixa intermediária de preços, os sapatos e bolsas (16,2%), além dos artigos de cosméticos e perfumaria (13,5%) e relógios (10,4%) também apresentaram uma aceleração nas intenções de compras na comparação com o ano passado. O destaque negativo foi para o setor de vestuários, que deixou a primeira colocação em 2017 para ocupar apenas o décimo lugar na preferência deste ano. Ou seja, os consumidores pretendem adquirir itens mais supérfluos, mas de destacável valor simbólico em relação à data, como é o caso dos chocolates e flores.

Gastos

Com os consumidores pretendendo comprar uma maior quantidade de produtos, mas itens com valores mais baixos, a média de intenção de gastos com o presente ficou em R$ 119, revelando um recuo de -22,7% em relação ao ano passado. Por outro lado, o valor total dos gastos com a data, incluindo quem vai comprar mais de um presente e quem pretende gastar com a comemoração ficou em R$ 193, apresentando uma aceleração de +9,7% na comparação anual, reforçando a indicação de crescimento da intenção de comprar mais de um produto, além de apresentar uma tendência maior de gastos com a comemoração este ano. Embora a intenção de comemorar em casa mantenha-se liderando a opção dos consumidores, a comemoração fora de casa apresentou crescimento de +17,5% em relação ao ano passado, com destaque para os restaurantes e os hotéis ou motéis, que somaram 51% nas intenções de comemoração.

Locais

Diferentemente do Dia das Mães, em que se registrou uma migração dos consumidores das lojas do Centro para os estabelecimentos de bairro e galerias comerciais, para o Dia dos Namorados a migração do consumo direcionou-se para os shoppings, que experimentou um crescimento de +45,5% na predisposição de consumo em relação ao ano passado. Apesar disso, as lojas de bairro e galerias comerciais (19,1%) também apresentaram uma elevação nas intenções de consumo, em detrimento do Centro Comercial (15,7%) de São Luís que apresentou pela segunda data comemorativa consecutiva uma redução de -53,8% na preferência dos consumidores.