O secretário de Estado de Segurança Pública do Maranhão,
Jefferson Portela, foi o convidado desta sexta-feira (22) do “Sala de
Entrevista”, quadro exibido no telejornal Portal da Assembleia, na TV
Assembleia. Antes, ele também concedeu entrevista para a Rádio Assembleia
online, no programa “A Voz do Parlamento”, apresentado pela jornalista Josélia
Fonseca.
No bate-papo com o jornalista Juraci Filho, no “Sala de
Entrevista”, Jefferson Portela falou sobre vários assuntos e, entre outras
coisas, destacou os avanços da pasta, afirmando que o número de homicídios, por
exemplo, foi reduzido significativamente. “De 2009 a 2014, o Maranhão teve uma
elevação de homicídios da ordem de 308%.
É um número grave, que nós conseguimos reverter. Foi um salto muito grande num
período não prolongado. Agora, estamos numa escala de três anos com a seta
criminal apontando para baixo em relação ao crime contra a vida”, revelou o
secretário.
Portela fez uma observação sobre o aumento do efetivo
policial no Maranhão, que passou para 12 mil, e salientou a criação da
Superintendência Estadual de Homicídios. Ele falou ainda sobre o esforço no
combate a explosões e arrombamentos de agências bancárias. “Em 2014, havia 48
casos e reduzimos para 13, ou seja, uma diferença de 73%. Isto se deve ao
conjunto de atividades policiais. A inteligência deve sempre anteceder a parte
operacional. Hoje, temos um sistema integrado com o Nordeste e com o Brasil em
relação aos crimes mais violentos, como tráfico e roubo a bancos”, frisou.
Ainda sobre explosões e arrombamentos a bancos, o secretário
lembrou que seis ou sete casos eram registrados em apenas uma semana no
Maranhão. Realidade esta que não existe mais. “Nós tivemos a menor redução do
Brasil nessa modalidade de crime e houve uma conjugação de fatores. Nós criamos
unidades apropriadas para esse tipo de combate, tanto na Polícia Militar quanto
na Polícia Civil. Desenvolvemos operações mensais. Há um período em que
deslocamos um contingente integrado da capital para o interior. São policiais
civis e militares envolvidos na mesma ação e na mesma área. Isso implica em
ótimos resultados”, destacou, citando ainda o Departamento de Roubo a Bancos,
ligado à CEIC e que já efetuou a prisão de mais de 280 assaltantes de bancos no
Maranhão, todos encaminhados à Penitenciária de Pedrinhas.
Pacto Integrador de Segurança
Em um dos momentos da entrevista, Jefferson Portela
mencionou a criação do chamado Pacto Integrador de Segurança Pública, que é a
aliança entre os estados para combater crimes transnacionais e interestaduais,
como é o caso do tráfico de drogas, para compensar, segundo ele, a omissão da
União no que se refere a esse aspecto. “Hoje, a polícia maranhense, pelo
convênio que assinamos, pode sair daqui até Goiás, por exemplo, e prender
criminosos ou desenvolver ações integradas com a polícia de lá, sem essa
demarcação de divisas, que era um impedimento legal. Hoje, o pacto integrador
agrega 24 estados e isso possibilitou uma intervenção operacional muito forte”,
disse.
O secretário abordou ainda a criação do Ministério da
Segurança Pública, que, na opinião dele, ajudará, e muito, porque especializa a
gestão pública. “O Ministério da Justiça cuidava, prioritariamente, da questão
prisional e são duas coisas completamente distintas. A ação da segurança e do
policiamento é uma coisa e o aprisionamento é algo completamente diferente. O
Ministério da Justiça priorizava toda a aplicação de recursos, que é algo muito
caro para o sistema prisional. Agora, não. Nós teremos um Ministério próprio,
com uma verba própria para aplicar na segurança pública”, analisou
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