sábado, 23 de junho de 2018

Candidato do Novo está de olho nas privatizações


João Amoêdo é mais um dos pré-candidatos a presidência da república a visitar o Maranhão. Começou sua carreira como trainee no Banco Citibank, foi diretor executivo do Banco BBA Creditanstalt, presidente da Finaústria CFI, vice-presidente e membro do conselho de administração do Unibanco, membro do conselho de administração do Banco Itaú BBA e membro do conselho de administração da empresa João Fortes Engenharia.

Em 2011, insatisfeito com a alta carga tributária e os péssimos serviços recebidos do Estado, fundou o partido Novo, composto por membros da sociedade civil, que faz processo seletivo para escolher seus candidatos. Em junho de 2017, deixou a presidência do partido para apresentar sua candidatura à presidência.

Em sua passagem por São Luís, teve uma agenda com empresários locais e filiados do seu partido, que segundo o líder regional, têm cerca de 300 no estado. Em uma entrevista exclusiva ao jornal O imparcial, ele falou sobre privatização do Porto do Itaqui, taxa de juros, bolsa família e uma possível construção de ferrovias no Brasil. Confira!!! 

Em que a estrutura do Maranhão, como próprio Porto do Itaqui, pode contribuir para seu plano econômico de governo para o Brasil?

João Amoêdo – O Maranhão tem uma vantagem competitiva pela posição que tem. Agora, eu sou favorável que o Porto do Itaqui fosse para a iniciativa priva, para que a gente possa ter uma melhor gestão. Tirar isso do governo nos possibilitaria de explorar muito mais, com um  escoamento mais de produção, que é o que falta no Brasil. Se tem uma agroindústria muito competitiva, mas peca na infraestrutura, que fica tudo na mão do governo. Então a gente teria mais investimento e consequentemente poderíamos gerar mais empregos e tudo que a gente precisaria para gerar riqueza e diminuir a pobreza da região.   

Recentemente tivemos uma greve de caminhoneiros que pararam o país. A construção de  ferrovias fazem parte do seu plano de governo?
João Amoêdo – As estradas ferro estão nos meus planos de governo, mas temos que entender que nos temos que criar as condições para a iniciativa privada, principalmente, o capital externo, que esta sedento por bons investimentos. Então eles precisam de uma atração para fazer esses investimentos aqui no Brasil. Como você tem um cenário sempre muito incerto, taxas de juros muito elevados, ninguém esta disposto a fazer um investimento que o retorno é de longo prazo. Na hora que você tiver taxa de juros mais baixos, segurança jurídica e um ambiente de mais estabilidade e atrair investimento, vamos poder ter a ferrovia, que é fundamental para o Brasil. Nos somos carentes disso e hoje vimos, com a greve dos caminhoneiros, o quanto somos refém de um processo que é muito mais caro, inclusive, do que o transporte rodoviário.

Como pretende fazer para que o Brasil tenha juros mais baixos?
João Amoêdo – Os juros é o custo do dinheiro, então ele tem dois componentes; que é a taxa de juros oferecida pelo Banco Central, que é alta porque o BC não consegue fechar suas contas, ou seja, tem que estar arrecadando mais para, inclusive, ter o equilíbrio fiscal. O segundo componente mente é a alta dos créditos bancários que são muito elevados. E são elevados porque tem pouca concorrência. Então a gente tem que aumentar a concorrência. Tem muito banco que saiu doi Brasil porque era difícil negociar aqui. Bancos que tinham mais ações trabalhistas do Brasil do que em todos os lugares que ele operava ao redor do mundo, por exemplo. Então, essa estrutura, muita das vezes, burocrática, perde para a concorrência aqui. Então temos que mudar este modelo.    

Segundo perfil publicado pela revista Época, para fundar o partido Novo, você contou com incentivo de banqueiros como Pedro Moreira Salles e Fernão Bracher. Não é complicado começar um partido comprometido com banqueiros?  
João Amoêdo – O Novo não teve nenhum financiamento de banco. Eu trabalhei em banco como executivo até 2005, depois sair. E o Novo tem financiamento de pessoas físicas. Não tem nenhuma doação de banco nem de nenhuma empresa. Até porque, quando o Novo virou partido já era proibido o financiamento de instituições financeiras. Mas seria até bom, pois teríamos mais recursos.

O que você mudaria no atual plano econômico do governo?
João Amoêdo – Primeiro eu acabaria com uma série de privilégios de políticos, da classe empresarial e de autos funcionários do nível federal. Reduziria privilégios. Quanto à politica econômica, nos temos que ter uma abertura maior da economia brasileira. Isso é fundamental! A nossa economia é muito fechada e a forma da gente aumentar a nossa produtividade é aumentando a nossa economia. E a terceira coisa seria simplificar os impostos. Simplificar no primeiro momento e depois reduzir a carga tributária.  

Qual a sua opinião sobre o programa Bolsa Família. Continuaria em seu governo?
João Amoêdo – Sou favorável ao Programa Bolsa Família, acho que é um programa eficiente. Ele gasta 29 Bilhões de reais e atende 12 milhões de famílias brasileiras. Mas o que a gente te que fazer é criar portas de saída, para que as pessoas possam ter esse programa como transitório e não como permanente, para que eles possam ter uma cidadania plena e possam ao longo do tempo não depender mais dele. Temos que fazer uma coisa gradual e comemorar as pessoas que saem do programa e não as que entram.

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