sábado, 21 de julho de 2018

O sobrenome em questão durante a campanha


Não é de hoje que a pré-candidata ao governo do Estado do Maranhão, Roseana Sarney, deixa seu sobrenome de lado para concorrer às eleições. O curioso nestas eleições de 2018 e que desta vez seu cunhado, Ricardo e sua filha Andrea Murad também vai seguir na mesma linha da ex-governadora. A recomendação foi feita pelo marketing eleitoral do trio para tentar tirar o peso negativo da oligarquia, o que se reverte em alta rejeição do eleitorado.
Se a estratégia vai dar certo, só depois das eleições que iremos saber, mas é certo dizer que eles são bem mais conhecidos pelos seus sobrenomes. Agora é esperar para ver se Sarney Filho, pré-candidato ao Senado, também vai retira o nome da família durante a campanha eleitoral.

Sarney, Murad, Castelo e Lobão eram nomes comuns em prédios públicos de escolas e outras áreas do Estado do Maranhão, mas em 2015, ao assumir o governo, Flávio Dino (PC do B) proibiu que o patrimônio estadual recebam nomes de pessoas vivas e também vetou que os bens públicos sejam nomeados em homenagem a pessoas responsabilizadas por violações aos Direitos Humanos durante o regime militar. Esta foi uma das primeiras medidas anunciadas pelo governador em 1.º de janeiro de 2015.

Decreto

Por meio do decreto n.º 31.4690, assinado no dia 4 de janeiro e publicado no Diário Oficial do Estado de 14 de janeiro, trocou as denominações de 37 estabelecimentos da rede estadual de ensino que homenageavam pessoas vivas e deu a eles nomes de personalidades que já morreram – professores, religiosos, políticos (como os ex-deputados João Evangelista e Júlio Monteles) e até mesmo o cientista alemão Albert Einstein.

Sarney não foi o único a perder as homenagens em prédios públicos. Os ex-governadores Edison Lobão, João Alberto de Souza (duas) e João Castelo (uma) também tiveram seus nomes trocados, assim como a ex-secretária de Educação Leda Tajra (cinco), o ex-deputado federal e ex-proprietário da Rádio e TV Difusora Magno Bacelar, o ex-vice-presidente da República e ex-governador de Pernambuco Marco Maciel e até mesmo o poeta Ferreira Gullar, membro da Academia Brasileira de Letras, considerado um dos maiores nomes da Literatura Brasileira contemporânea. Na época, o governador justificou seu decreto como sendo um ato contra a constituição, conforme Lei Federal n.º 6.454, de 1977.

Eleições de 2014

A ex-governadora Roseana (PMDB) aboliu o sobrenome Sarney em suas campanhas para reeleição ao governo do estado desde 2000. Nas eleições de 2014 ela colou sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Na época, o ex-presidente Jose Sarney evitou a campanha, mas a oposição não o esqueceu: ele era lembrado em seus programas eleitorais. O ex-governador Jackson Lago (PDT), que foi cassado em 2008, exibiu no horário eleitoral, daquela eleição, uma performance de um ator caracterizado como senador, que sai em defesa da filha, e critica quem o acusa de pintar o bigode.

Nenhum comentário:

Postar um comentário