quinta-feira, 26 de abril de 2018

64% dos domicílios maranhenses têm fossas não ligadas à rede de esgoto


Destinação do lixo, posse de bens e fontes de água são alguns dos temas abordados na pesquisa divulgada ontem (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre os aspectos e características gerais dos domicílios e moradores em todo o território brasileiro. No Maranhão, a equipe da pesquisa visitou mais de 4 mil domicílios em todo o estado para o levantamento das informações referentes à 2017.

E no que diz respeito ao esgotamento sanitário, a PNAD mostrou que, no ano passado, 64,8% dos domicílios do estado tinham fossas não ligadas à rede de esgoto (1,3 milhões de domicílios). Ou seja, mais da metade dos domicílios maranhenses tinham fossas não ligadas à rede de esgoto no ano passado.

Em São Luís, esse percentual era de 28%. Os dados sobre esgotamento sanitário neste levantamento na capital apresentou-se da seguinte maneira: 69,7% dos domicílios (226 mil) tem rede geral ou fossa ligada à rede; 28% (91 mil) tem fossa não ligada à rede; e 2% dos domicílios (7 mil) tem outras formas de esgotamento.

Ranking no Nordeste

Os dados mostram que entre os estados do Nordeste, o Maranhão tem o terceiro maior percentual nessa variável. Na região, o maior percentual de domicílios com fossas não ligadas à rede de esgoto está no Piauí (79,2%) e, em seguida, o Rio Grande do Norte (72,5%). O estado com o menor percentual é a Bahia (38,1%). Em todo o Nordeste, o percentual de domicílios com fossas não ligadas à rede de esgoto é de 48,2% enquanto que no Brasil é de 30,3%.

Apesar do aumento de 17,5% em 2016 para 19,5% em 2017, o Maranhão é o quinto estado no Brasil com o menor número de domicílios com esgotamento sanitário por rede geral ou fossa ligada à rede. Está na frente apenas dos seguintes estados do Pará (12,2%), Amapá (10,8%), Rondônia (9,8%) e Piauí (8,9%). O estado com a maior cobertura desse serviço é São Paulo em que 93,1% dos domicílios tem esgotamento sanitário por rede geral ou fossa ligada à rede, o que representa mais de 14,3 milhões de unidades.           

Os dados demonstram que houve um aumento na quantidade de domicílios que possuíam rede geral de esgoto ou fossa ligada a rede de esgotamento. No ano de 2016, existia um total de 17,5% dos domicílios (351 mil) nesta categoria e, no ano seguinte, registrou-se um aumento para 19,5% (394 mil domicílios).

Com 11,2% o Maranhão é o quarto estado com o maior percentual de domicílios na categoria "outra forma de esgotamento", ou seja, de domicílios não ligados na rede geral ou com fossa. Está apenas na frente do Acre (16%), Amapá (12,8%) e Amazonas (12,7%). O Distrito Federal possui o menor percentual nesse quesito (0,1%).

Fonte de água

Os dados positivos da pesquisa esta no aumento na quantidade de domicílios maranhenses com disponibilidade de água encanada diariamente da rede de abastecimento, que passou de 71,4% em 2016 para 73,3% em 2017. Da mesma forma, também aumentou a quantidade de domicílios com disponibilidade de água de quatro à seis vezes na semana, passando de 12,9% em 2016 para 13,3% em 2017.

Por outro lado, houve diminuição na quantidade de domicílios com disponibilidade de água somente de uma à três vezes na semana: 13,9% em 2016 para 10,3% em 2017. O número de domicílios abastecidos por rede geral de distribuição no Maranhão cresceu de 67,8% para 71,7%, mas o estado continua sendo o quinto em todo o Brasil com a menor cobertura desse serviço. Essa é a mesma posição ocupada em 2016.

Os dados mostram ainda que houve uma diminuição na quantidade de residências abastecidas por poço profundo ou artesiano, passando de 21,6% em 2016 para 16,3% em 2017. As estatísticas revelam ainda que, em 2017, 9,9% dos domicílios eram abastecidos por poço raso, freático ou cacimba. 0,9% eram abastecidos por fonte ou nascente; e 1,2% tinha outras formas de abastecimento.




Números sobre disponibilidade de água na capital em 2017

54,1% dos domicílios
(145 mil) tinham disponibilidade de água encanada diariamente da rede de abastecimento;


27,3% (73 mil)
tinha acesso de quatro à seis vezes na semana; e 17,4% (47 mil domicílios) tinham acesso de uma à três vezes na semana.


82,5% dos domicílios
(268 mil) tem acesso pela rede de distribuição;


16,3% (53 mil)
tem acesso por poço profundo ou artesiano;


0,6% (2 mil)
tem acesso por poço raso, lençol freático ou cacimba, mesmo quantitativo dos domicílios que possuem outras formas de abastecimentos.


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