Pela quinta vez,
os motoristas de táxis realizaram uma passeata para cobras ações de
fiscalização assim como uma lei que regulamente a atuação do aplicativo de serviço
para o transporte privado que já funciona desde fevereiro em São Luís, e
segundo a categoria dos taxistas, vêm causando grandes prejuízos pela
concorrência de preços.
A carreata que
iniciou com concentração na Praça Maria Aragão, no inicio da manhã, seguiu em comboio
pela área Central até a sede administrativa da Prefeitura de São Luís, na Avenida
Pedro II. O presidente do
Sindicato dos taxistas Renato Medeiros, que não esteve presente durante o ato
destacou que a principal reivindicação da categoria é a regulamentação do
aplicativo, para que os motoristas passem a pagar impostos e a concorrência
seja mais justa. “Nós temos uma lei na câmara que está em vigor, e enquanto não
se regulamentar esse serviço temos que obedecer a lei. Então nós estamos
pedindo aí ao Prefeito que volte a ter a fiscalização, para que o serviço não
fique aí circulando indevidamente”.
O questionamento
citado por Renato Medeiros é em relação a decisão da Prefeitura de São Luis que
suspendeu o recolhimento dos veículos que oferecem o serviço de transporte de
passageiros por meio do Uber. A interrupção no recolhimento dos automóveis deve
permanecer até que o Ministério Público do Estado se posicione acercada
representação que questiona constitucionalidade da Lei n° 429, aprovada pela
Câmara de São Luís e que proíbe o Uber na capital maranhense.
Segundo Renato
Medeiros, os motoristas de táxi vem sofrendo diariamente com a queda de viagens
por conta da concorrência “desleal”. “Nós estamos tendo um prejuízo muito
grande, acho que em torno de 40% das nossas corridas estão sendo levadas para o
aplicativo”. Ele afirma também que o aplicativo Uber, por ser um aplicativo
estrangeiro, não garante a segurança dos passageiros. “É um serviço privado,
mas não quer dizer que seja de qualidade, eu tenho inclisuve um dossiê com todas
as ocorrências do aplicativo no país”.
Leonardo
Fernandes, motorista do Uber há três meses defende o aplicativo e diz que não
existe concorrência desleal, pois são serviços diferentes. “O Uber não é igual
ao táxi, são serviços diferentes, Quem é motorista de Uber pode até não pagar
algumas taxas, mas paga outras. Eu não tenho desconto na compra de carro e nem
de Ipva e Icms. Além disso os motoristas são todos cadastrados e é verificado
toda sua vida pregressa, agora pessoas ruins existem em todos os lugares”.
Desde que
começara as fiscalizações sobre os carros do Uber na capital, 17 veículos foram
apreendidos e encaminhados ao pátio da Secretaria Municipal de Transito e
Transportes. As multas cobradas para a liberação dos veículos chegam à R$1,7
mil reais.
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